sábado, 12 de julho de 2014

Refletindo texto: " O modelo dos modelos"

Lucicleide dos Santos Refletindo: Texto: “O modelo dos modelos” (Italo Calvino) O AEE vem de encontro exatamente com a quebra de modelos perfeitos. O AEE entende a pessoa com deficiência em primeiro lugar como um ser humano dotado de potencialidades. Tais potencialidades/habilidades devem ser desenvolvidas respeitando a limitação da pessoa, e não exigir que todos executem os desafios propostos de uma única forma/modelo, utilizando a justificativa de ser a forma correta. “A leitura de mundo precede a leitura da palavra” (Freire, 1988, p.09). Precisamos valorizar essa leitura de mundo para se beneficiar em atividades que exijam um conhecimento que vá além das palavras. A escola como instituição que legitima a prática pedagógica e a formação de seus educandos, precisa romper com a perspectiva homogeneizadora e adotar estratégias para assegurar os direitos de aprendizagem de todos. A Declaração de Salamanca (1994) defende que o princípio norteador da escola deve ser o de propiciar a mesma educação a todas as crianças, atendendo às demandas delas. Nesse pensamento, a inclusão traz como eixo norteador a legitimação da diferença (diferentes práticas pedagógicas) em uma mesma sala de aula para que o aluno com deficiência possa acessar o objeto de conhecimento por meios que eliminem as barreiras existentes. Isso poderá ocorrer por diversas alternativas (jogos, brincadeiras e experimentação de diferentes estratégias) – Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa/PNAIC- A Alfabetização de crianças com deficiência: Uma proposta inclusiva.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

AEE UFC 2013 JB: Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia para Ap...

AEE UFC 2013 JB: Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia para Ap...: Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das pessoas com TGD apresento abaixo algumas sugestões que podem favorecer a ampliação das forma...

AEE UFC 2013 JB: Bola de meia, bola de gude - Milton Nascimento

AEE UFC 2013 JB: Bola de meia, bola de gude - Milton Nascimento: http://www.youtube.com/watch?v=G9RS2BkbqHw Descrição e Audiodescrição – Bola de meia, bola de gude Milton Nascimento ...

Aprendendo com objetos de aprendizagem da web:"Fábrica de Tirinhas"

Aprendendo com objetos de aprendizagem da web: o trabalho desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncionais. Rosana Maria Damoso Fachini Tema: O uso de objetos de aprendizagem disponíveis na web como recurso para desenvolvimento das habilidades intelectuais de alunos com deficiência intelectual. Objetivos: *Desenvolver habilidades intelectuais, tais como rapidez de raciocínio, planejamento e resolução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas e aprendizagem pela experiência. *Estimular a compreensão da função social da escrita e da leitura por meio das representações de imagens e da linguagem oral e escrita, na criação das narrativas. *Ampliar o vocabulário oral e escrito. Justificativa Ao refletirmos sobre a avaliação pedagógica dos sujeitos com deficiência intelectual, entendemos que o Sistema 2012, proposto pela American Association on Mental Retardation (AAMR), avança na perspectiva multidimensional de olhar o sujeito, em relação aos demais sistemas classificatórios que focam na deficiência. O Sistema 2012 estabelece cinco dimensões para a avaliação da deficiência intelectual: Dimensão I- Habilidades intelectuais; Dimensão II - Comportamento adaptativo;Dimensão III - Participação, interações e papéis sociais; Dimensão IV - Saúde; Dimensão V - Contextos.Essa avaliação, portanto, toma um caráter amplo e propõe que a deficiência intelectual seja considerada uma produção social, uma condição do sujeito que é construída em relação ao seu contexto.Conforme Carneiro (2008, p. 23), "Além da visão multidimensional, outro aspecto considerado mais avançado no discurso da AAMR é a proposta de um novo sistema de classificação baseado nas intensidades dos apoios necessários, enquanto os modelos mais utilizados de classificação da deficiência mental definem os níveis de severidade pelo QI ( leve, moderado, severo e profundo)". A autora prossegue explicitando que, embora propor a intensidade dos apoios não seja algo novo, percebe-se, no teor do texto do Sistema2012, a crença de uma construção criteriosa de apoios, de caráter individualizado, portanto, dirigido ao sujeito que apresenta as limitações. Nesse sentido, uma prática pedagógica com apoio da Tecnologia Assistiva para um aluno com deficiência intelectual precisa estar baseada no conhecimento das potencialidade do recurso, mas principalmente, do pr´prio sujeito. Dessa forma, as Tecnologias Assistivas podem aliar-se à rede de apoios necessários para propor a inclusão das pessoas com deficiência intelectual. Pensando em um apoio pedagógico, a partir da Tecnologia Assistiva, para um sujeito com deficiência intelectual, que possa auxiliá-lo em ralação à Dimensão I - Habilidades intelectuais, buscou-se um recurso educacional que pudesse intensificar e qualificar os apoios e as estratégias pedagógicas nos aspectos referentes a essa dimensão. O recurso escolhido foi um Objeto de Aprendizagem (AO). De acordo com Mason e Rennie por TAVARES et al (2007), "OA é um recurso (ou ferramenta) autocossiente do processo ensino-aprendizagem, isto é, não depende de outros objetos para fazer sentido (p. 124 e 125)". Após pesquisas nos repositórios disponíveis na web, foi escolhido o objeto de aprendizagem Fábrica de Tirinhas. A escolha baseou-se na possibilidade da realização das atividades de forma lúdica e dinâmica, durante as duas horas semanais em que o aluno frequenta a sla de recursos. Esse recurso educacional oferece aos alunos, possibilidades de enriquecer o seu vocabulário e trabalhar com produção e interpretação de textos. O aluno deverá escolher o cenário, as personagens, os objetos e os balões. Após, o aluno apertar o botão "voltar" para escolher o próximo quadro da sua história. Ao final, ela salva a história para depois imprimir. Essa atividade deverá contribuir para a produção da escrita espontânea, além de permitir que o trabalho seja realizado em grupo. Durante o decorrer dos trabalhos, será mensurado o progresso por meio da avaliação contínua, conferindo como o aluno constrói sua história: -Identificar os personagens; -Reconhecer os espaços onde ocorrem as histórias; -Descrever os cenários; -Estabelecer conexões entre a história (escolha dos personagens, nenário e objetos e da construção da narrativa-balões de diálogo)e seus conhecimentos prévios, suas vivências, suas crenças e seus valores; -Ouvir com atenção os textos contados; -Participar dos comentários. Disponível em www.proativa.vdl.ufc.br/oa/tirinhas/tirinhas.html Referência: Caderno Pedagógico - Curso de Formação de Professores em Tecnologias da Informação e Comunicação Acessíveis. http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa.php?id=0

terça-feira, 22 de abril de 2014

Surdocegueira X DMU

Surdocegueira X DMU  No que se diferenciam a Surdocegueira e a DMU. A surdocegueira é uma deficiência única, as pessoas com surdocegueira não são classificadas como múltiplas, pois quando elas têm oportunidades interagem com o meio e com as pessoas adequadamente; Para Lagati (1995, p.306) a surdocegueira é uma condição que apresenta outras dificuldades além daquelas causadas pela cegueira e pela surdez. O termo hifenizado indica uma condição que somaria as dificuldades da surdez e da cegueira. A palavra sem hífen indicaria uma diferença, uma condição única e o impacto da perda dupla é multiplicativo e não aditivo. O que caracteriza a múltipla deficiência é o nível de desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas (MEC-2006). Deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (intelectual/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam consequências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.  Necessidades da pessoa com múltiplas deficiência. Nunes (2002), agrupou em três blocos as necessidades da pessoas com múltiplas deficiência. Necessidades físicas e médicas: limitações sensoriais (visual e auditiva),convulsões, controle respiratório e pulmonar, problemas com deglutição e mastigação, saúde mais frágil com pouca resistência física; Necessidades Emocionais: afeto, atenção, oportunidades de interagir com o meio e com o outro, desenvolver relações sociais e afetivas, estabelecer uma relação de confiança; Necessidades Educativas: uma abordagem educacional que priorize o trabalho em equipe, o modelo de colaboração na qual a comunicação seja a prioridade central, buscar organizar o mundo da pessoa por meio do estabelecimento de rotinas claras e comunicação adequada, desenvolver atividades multissensorial, oferecer uma aprendizagem significativa, o ambiente deve ser reativo, deve respeitar o tempo de resposta da pessoa com deficiência múltipla, as habilidades de fazer escolhas deve estar dentro de suas atividades programadas.  Estratégias utilizadas para a aquisição de comunicação. Para que a comunicação ocorra são necessários quatro elementos: o emissor ou locutor, o receptor, o tópico, o meio de expressá-lo. A comunicação alternativa e aumentativa são os sistemas usados para dar suporte às habilidades comunicativas do indivíduo que usam um pouco de fala, vocalizações ou sons e gestos ou comportamentos para se comunicar, mas não de maneira efetiva. Deve ser considerado o estágio de comunicação que a pessoa se encontra e suas habilidades motoras para só depois escolher o sistema de comunicação a ser trabalhado.  Sistema de calendário-trabalha a comunicação formas/símbolos, as funções comunicativas, o desenvolvimento do tema, as conversas sociais;  Calendário de antecipação – para desenvolver habilidades de comunicação, tempo, apoio emocional, cognição;  Uso das mãos;  Caderno de comunicação;  Uso do sistema Braille;  Comunicação não simbólica- fixação do olhar, expressões faciais, vocalizações e gestos naturais, gestos individualizados/personalizados;  Pastas com objetos símbolos;  Desenhos contornados;  Livros de conversação;  Passaporte para comunicação

quarta-feira, 2 de abril de 2014

AEE para Alunos com Surdez

            A disciplina AEE para pessoa com surdez trouxe a proposta de estudo da metodologia a ser implantada no AEE para o atendimento dos alunos com surdez. Foi realizado um estudo investigativo de um caso real, apresentado pela disciplina, com a proposta metodológica de compreender e entender a natureza do problema, visando propor soluções e elaborar o plano de AEE do aluno.
As referências bibliográficas que nortearam o trabalho proposto pela disciplina foram disponibilizadas por meio de vídeos, análise de documentos, avaliações escritas, desenhos e pareceres médicos. Os referenciais teóricos enfatizam em sumo a trajetória histórica sobre a educação escolar das pessoas com surdez, tendo como objetivo relembrar como esta história se delineou ao longo dos tempos; Uma reflexão sobre a educação escolar de alunos com surdez na escola comum, análise das questões e os avanços contemporâneos na visão paradigmática inclusiva.
Através das leituras pode-se perceber as dificuldades enfrentadas pela pessoa com surdez para ter acesso a educação; A importância e a necessidade de se pensar em novas práticas pedagógicas, que venham a valorizar as diferenças e o potencial humano; A forma de perceber  a pessoa com surdez como um ser dotado de potencialidade, uma pessoa que com os estímulos devidos será capaz de transformar sua realidade na posição de um cidadão crítico e construtivo;  Foi analisada a proposta da perspectiva inclusiva e destacou-se  a influência negativa que a mesma provoca na formação da pessoa com surdez, seja na escola ou no meio social; Foi concluído, que a língua não é, e nem deve se apontada como a principal causa para o fracasso escolar da pessoa com surdez, pois o foco do fracasso escolar está diretamente relacionado com a qualidade e a eficiência das práticas pedagógicas.
O AEE para alunos com surdez na perspectiva inclusiva, prioriza a compreensão e o reconhecimento do potencial e as capacidades dessas pessoas. Conforme Damásio(2007), o AEE para alunos com surdez, envolve três momentos didáticos-pedagógicos:AEE em Libras; AEE de Libras e o AEE de Língua Portuguesa. O AEE em Libras oferece ao aluno com surdez os conteúdos escolares explorados em Libras, por um professor preferencialmente surdo. Esse tipo de trabalho deve ser oferecido diariamente, no contra  turno da sala regular; O AEE em Língua Portuguesa na modalidade escrita é orientada pela concepção bilíngue. Este momento didático-pedagógico deve acontecer em sala de recursos multifuncionais, em horário oposto ao da sala de aula comum, envolvendo a articulação dos  professores do AEE e o da sala regular. O professor para ensinar a Língua Portuguesa deve ter formação em Letras. O AEE em Língua Portuguesa tem por objetivo desenvolver competências linguísticas e textual dos alunos com surdez.

sábado, 30 de novembro de 2013

A audiodescrição e suas implicações pedagógicas

TERÇA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 2013

A audiodescrição e suas implicações pedagógicas


Como forma de promover a cooperação dos demais alunos de sala de aula em relação ao aluno cego ou com baixa visão, No papel de professor mediador, passaria para a turma o filme: Eu Não Quero Voltar Sozinho. É possível assisti-lo no youtube. O filme existe em áudio descrição e também sem áudio descrição.
Faria uma vivência entre eles no sentido de chamar suas atenções para as especificidades da pessoa com deficiência visual e a importância da tecnologia assistiva para as pessoas com deficiência de um modo em geral. A partir desta experiência, despertar o vínculo de proximidade e afetividade entre colegas, uma vez que tentariam se colocar na condição da pessoa cega por alguns momentos.
Por fim, trata-se de um filme de curta-metragem em que é possível trabalhar com questões ligadas a sexualidade, preconceitos e respeito a multiplicidades. Uma dinâmica que seria de grande valia ao trabalhar também com o corpo de professores da escola, no sentido de chamar atenção a respeito da promoção da acessibilidade para o aluno com cegueira o baixa visão.
Deste modo, pediria para que assistissem de olhos vendados, primeiro, sem o recurso de tecnologia assistiva e faria algumas perguntas:
- Em que posição fica Léo em relação A giovana quando os dois conversam nos intervalos, na escola?
- De que maneira Léo vai para casa, sempre que retornam da escola?
- O que você imagina que Léo está fazendo ao ficar no quarto sozinho, quando Gabriel vai ao banheiro?
- No final do filme, quando Giovana retorna do almoço na casa da avó e Léo pergunta para ela acerca do moleton de Gabriel, o que você acredita que possa ter ocorrido?
Depois que respondem a todas as perguntas ou a outras que possam considerar importantes, pedirias para que assistissem novamente, agora com o recurso da audiodescrição....
Encerraria a atividade, pedindo para que descrevessem suas impressões ao terem que acompanhar o filme com a venda. As diferenças entre o que realmente ocorria nas cenas e o que foi imaginado por cada um e uma pergunta final:
- Por que o título "Eu não quero voltar sozinho?"
Pode-se, aí, abordar a questão do preconceito em relação à homossexualidade.... Se uma pessoa sem deficiência já enfrenta desafios homéricos para assumir sua orientação sexual, apesar de tantas mudanças já percebidas, imaginemos, então, a situação do Léo: adolescente cego que dá-se conta que é gay e sua melhor amiga o deixa....
Quantas questões passaram-se pela cabeça dele na caminhada até à casa, sozinho?
Quantos medos? Angústias?
Filme sem áudio descrição: http://www.youtube.com/watch?v=vL2TmhsK4sM
Filme com áudio descrição: http://www.youtube.com/watch?v=i585FRIGWus.
Artigo de Gilmar Amaral, publicado em AEE