terça-feira, 22 de abril de 2014

Surdocegueira X DMU

Surdocegueira X DMU  No que se diferenciam a Surdocegueira e a DMU. A surdocegueira é uma deficiência única, as pessoas com surdocegueira não são classificadas como múltiplas, pois quando elas têm oportunidades interagem com o meio e com as pessoas adequadamente; Para Lagati (1995, p.306) a surdocegueira é uma condição que apresenta outras dificuldades além daquelas causadas pela cegueira e pela surdez. O termo hifenizado indica uma condição que somaria as dificuldades da surdez e da cegueira. A palavra sem hífen indicaria uma diferença, uma condição única e o impacto da perda dupla é multiplicativo e não aditivo. O que caracteriza a múltipla deficiência é o nível de desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas (MEC-2006). Deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (intelectual/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam consequências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.  Necessidades da pessoa com múltiplas deficiência. Nunes (2002), agrupou em três blocos as necessidades da pessoas com múltiplas deficiência. Necessidades físicas e médicas: limitações sensoriais (visual e auditiva),convulsões, controle respiratório e pulmonar, problemas com deglutição e mastigação, saúde mais frágil com pouca resistência física; Necessidades Emocionais: afeto, atenção, oportunidades de interagir com o meio e com o outro, desenvolver relações sociais e afetivas, estabelecer uma relação de confiança; Necessidades Educativas: uma abordagem educacional que priorize o trabalho em equipe, o modelo de colaboração na qual a comunicação seja a prioridade central, buscar organizar o mundo da pessoa por meio do estabelecimento de rotinas claras e comunicação adequada, desenvolver atividades multissensorial, oferecer uma aprendizagem significativa, o ambiente deve ser reativo, deve respeitar o tempo de resposta da pessoa com deficiência múltipla, as habilidades de fazer escolhas deve estar dentro de suas atividades programadas.  Estratégias utilizadas para a aquisição de comunicação. Para que a comunicação ocorra são necessários quatro elementos: o emissor ou locutor, o receptor, o tópico, o meio de expressá-lo. A comunicação alternativa e aumentativa são os sistemas usados para dar suporte às habilidades comunicativas do indivíduo que usam um pouco de fala, vocalizações ou sons e gestos ou comportamentos para se comunicar, mas não de maneira efetiva. Deve ser considerado o estágio de comunicação que a pessoa se encontra e suas habilidades motoras para só depois escolher o sistema de comunicação a ser trabalhado.  Sistema de calendário-trabalha a comunicação formas/símbolos, as funções comunicativas, o desenvolvimento do tema, as conversas sociais;  Calendário de antecipação – para desenvolver habilidades de comunicação, tempo, apoio emocional, cognição;  Uso das mãos;  Caderno de comunicação;  Uso do sistema Braille;  Comunicação não simbólica- fixação do olhar, expressões faciais, vocalizações e gestos naturais, gestos individualizados/personalizados;  Pastas com objetos símbolos;  Desenhos contornados;  Livros de conversação;  Passaporte para comunicação

quarta-feira, 2 de abril de 2014

AEE para Alunos com Surdez

            A disciplina AEE para pessoa com surdez trouxe a proposta de estudo da metodologia a ser implantada no AEE para o atendimento dos alunos com surdez. Foi realizado um estudo investigativo de um caso real, apresentado pela disciplina, com a proposta metodológica de compreender e entender a natureza do problema, visando propor soluções e elaborar o plano de AEE do aluno.
As referências bibliográficas que nortearam o trabalho proposto pela disciplina foram disponibilizadas por meio de vídeos, análise de documentos, avaliações escritas, desenhos e pareceres médicos. Os referenciais teóricos enfatizam em sumo a trajetória histórica sobre a educação escolar das pessoas com surdez, tendo como objetivo relembrar como esta história se delineou ao longo dos tempos; Uma reflexão sobre a educação escolar de alunos com surdez na escola comum, análise das questões e os avanços contemporâneos na visão paradigmática inclusiva.
Através das leituras pode-se perceber as dificuldades enfrentadas pela pessoa com surdez para ter acesso a educação; A importância e a necessidade de se pensar em novas práticas pedagógicas, que venham a valorizar as diferenças e o potencial humano; A forma de perceber  a pessoa com surdez como um ser dotado de potencialidade, uma pessoa que com os estímulos devidos será capaz de transformar sua realidade na posição de um cidadão crítico e construtivo;  Foi analisada a proposta da perspectiva inclusiva e destacou-se  a influência negativa que a mesma provoca na formação da pessoa com surdez, seja na escola ou no meio social; Foi concluído, que a língua não é, e nem deve se apontada como a principal causa para o fracasso escolar da pessoa com surdez, pois o foco do fracasso escolar está diretamente relacionado com a qualidade e a eficiência das práticas pedagógicas.
O AEE para alunos com surdez na perspectiva inclusiva, prioriza a compreensão e o reconhecimento do potencial e as capacidades dessas pessoas. Conforme Damásio(2007), o AEE para alunos com surdez, envolve três momentos didáticos-pedagógicos:AEE em Libras; AEE de Libras e o AEE de Língua Portuguesa. O AEE em Libras oferece ao aluno com surdez os conteúdos escolares explorados em Libras, por um professor preferencialmente surdo. Esse tipo de trabalho deve ser oferecido diariamente, no contra  turno da sala regular; O AEE em Língua Portuguesa na modalidade escrita é orientada pela concepção bilíngue. Este momento didático-pedagógico deve acontecer em sala de recursos multifuncionais, em horário oposto ao da sala de aula comum, envolvendo a articulação dos  professores do AEE e o da sala regular. O professor para ensinar a Língua Portuguesa deve ter formação em Letras. O AEE em Língua Portuguesa tem por objetivo desenvolver competências linguísticas e textual dos alunos com surdez.